quarta-feira, 22 de abril de 2009

Portugal vence o Global Chefs Challenge

Entre nove países participantes da Europa do Sul e Mediterrâneo, Portugal foi o vencedor do concurso WACS Global Chefs Challenge. A dupla portuguesa, com Carlos Gonçalves - membro da equipa sénior - e o assistente, Celso Padeiro, destacou-se nesta competição, representando agora a região.

Esta vitória permite que Portugal esteja presente na final em Santiago do Chile, onde se disputará o título de melhor cozinheiro do mundo. Decorrerá em 2010, paralelamente ao Congresso Mundial da WACS (World Association of Chefs' Societies).

Para Carlos Gonçalves, foi a segunda participação no concurso. A primeira, na Eslovénia, em 2007, ficou marcada pela aprendizagem em relação a diferentes aspectos da competição. A preparação para esta participação foi, portanto, aperfeiçoada.

A prova consistia na preparação de quatro pratos para 12 pessoas: uma entrada, um prato ovo-lacto-vegetariano, um prato principal e uma sobremesa. O menu vencedor, escolhido por Carlos Gonçalves, foi o seguinte:

Entrada: Creme de frango, timbale de legumes salteados, peito de frango fumado, emulsão de coentros e gengibre, almôndega de frango com soja

Vegetariano: Salada de portobellos e maçã verde, geleia de romesco, trigo ligado com queijo da ilha como um risotto, ovo de codorniz a vapor

Prato principal: Robalo corado com picadinho de tomate e amêijoas à Bulhão Pato, puré de aipo, batata roxa, flan de ervilhas e crocante balsâmico

Sobremesa: Biscuit de agrião com ganache de chocolate Valrhona, parfait de chocolate branco e maracujá, sorbet de pepino, azeite e iogurte, geleia de morango e menta e macarron de cacau.

Na sessão de entrega dos prémios, a emoção era visível em todos os elementos das equipas presentes. E, em especial, no vencedor, por ser o reconhecimento de um trabalho intenso e dedicado dos últimos anos.


sábado, 18 de abril de 2009

Carlos Gonçalves no Global Chefs Challenge

É membro da equipa sénior desde 2004 e representará Portugal, pela segunda vez, na competição entre países da Europa do Sul no concurso WACS Global Chefs Challenge.


Em cinco anos de contacto com as equipas olímpicas, Carlos Gonçalves já participou em duas Olimpíadas de Culinária, em 2004 e 2008. Entre os dois eventos, ficam muitas outras participações em competições internacionais.

Aos 26 anos, e nas vésperas da sua segunda participação nesta semi-final representando Portugal, Carlos Gonçalves destaca a enorme responsabilidade. “Para qualquer profissional de cozinha, este concurso é, sem dúvida, um momento marcante na carreira”, disse.

A preparação para esta competição faz-se diariamente. No entanto, há uma atenção especial para determinados pormenores, procurando a exactidão. “Desde os possíveis menus a elaborar, o tempo, a limpeza, a distracção, a pressão, o stress”, descreve, relembrando a sua primeira participação no WACS Global Chef Challenge, em 2007, na Eslovénia. “Nenhum concorrente levava pequenas caixas descartáveis para a mise-en-place, bem como as etiquetas com a designação do produto. Estes pormenores, esquecidos por todos, ajudaram-nos bastante na organização e limpeza”.

Da participação no concurso em 2007, na Eslovénia, fica a recordação de um terceiro lugar. Uma forma de aperfeiçoar técnicas, de corrigir erros e de estar mais integrado e consciente da realidade da competição. Observando a sua experiência profissional, não só se destaca um alargado número de participações em competições, como se verifica uma variada experiência de trabalho em Portugal.

Carlos Gonçalves passou pelo Hotel Tivoli Lisboa, pelo Hotel Ritz Four Seasons, pelo restaurante Bica do Sapato, e actualmente é subchefe executivo do Hotel Real Villa Itália. Entre as competições internacionais, destacam-destacam-se as Olimpíadas em Erfurt, o Scothot na Escócia (2005), a Expogast no Luxemburgo (2006), oWACS Global Chefs Challenge na Eslovénia (2007) e oMediterranean Culinary Challenge no Chipre (2008).

A participação de Portugal neste concurso é vista por Carlos Gonçalves como uma boa oportunidade de reconhecimento. “Como são competições mais pequenas, existe uma maior proximidade. E vários júris reconhecem o nosso trabalho”, explica.

É também uma forma de aproximar Portugal das restantes equipas olímpicas de culinária.

“O importante é mostrar que somos um país forte gastronomicamente, desmistificar a ideia que somos inferiores aos outros”, disse, destacando três elementos essenciais, “dedicação, humildade e sacrifício”.