sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Equipas de regresso do Chile

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Esta madrugada foi conhecido em Lisboa o resultado das competições de culinária, nas quais participaram os concorrentes portugueses. Desta vez, não trazem prémios, mas sim as recordações de partilharem momentos importantes na vida de um Chefe, entre milhares de cozinheiros.

Assim que for divulgada a lista dos três primeiros vencedores das competições, divulgaremos aqui no site. Colocaremos também disponíveis os menus que os portugueses apresentaram no Chile e algumas fotos que ilustrem estes últimos dias.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Hoje é o dia da final do Global Chefs



A prova esperada há meses realiza-se finalmente hoje, em Santiago do Chile. Junta sete Chefes, de sete países, representando sete regiões mundiais. A cozinha de todo o mundo junta-se num mesmo dia.

O Chefe Carlos Gonçalves, membro da Equipa Sénior, e Celso Padeiro estarão a representar a Europa do Sul, depois de terem sido apurados na semi-final em Abril de 2009. A dupla portuguesa estará a competir pelo título de Melhor Chefe do Mundo.

O menu a preparar é composto por quatro pratos – entrada ovolactovegetariana, peixe, carne e sobremesa.

Os resultados serão conhecidos às 23 horas locais (2h em Lisboa).

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Jorge Fernandes já terminou a prova no Chile

Jorge Fernandes é membro das Equipas Olímpicas de Cozinha e participou hoje na prova da Hans Bueschkens Competition, lutando pelo título de melhor Chefe Júnior. A prova teve início às 7h locais (10h em Lisboa) e terminou no fim da manhã de hoje.

O jovem cozinheiro representou Portugal entre outros 16 países concorrentes. É a segunda vez que Jorge Fernandes participa nesta prova, tendo ficado em terceiro lugar a nível mundial em 2008, no Dubai.

A prova é feita com base em cesto surpresa, portanto os concorrentes não conhecem os produtos. São elaborados os menus e as fichas técnicas pouco antes de iniciarem a prova. Fique a conhecer o menu preparado pelo representante de Portugal na prova internacional:

Entrada
Terrina de Robalo, ceviche de Ostras e Viera salteada

Prato Principal
Bife assado com Alecrim sobre vegetais salteados, Bovino estufado com Portobello

Sobremesa
Bolo quente de Chocolate com Pistácios, parfait de Mascarpone, concassé de Framboesas


A prova do Chefe Carlos Gonçalves e de Celso Padeiro decorre no dia 28 de Janeiro, o último dia do Congresso Mundial de Chefes, em Santiago do Chile. Apenas amanhã serão conhecidos os resultados das duas provas.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Equipas Olímpicas já estão no Chile


Os membros das Equipas Olímpicas que vão participar nas competições internacionais de culinária já estão em Santiago do Chile. Acompanhe a participação de Portugal nos concursos, através do blogue.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Últimos treinos das Equipas


A poucos dias da partida para o Chile, Carlos Gonçalves e Jorge Fernandes estão a preparar os menus que irão apresentar nas competições. São os últimos treinos dos Chefes antes das provas. Todos os detalhes são importantes, desde as fichas técnicas, material necessário à confecção exemplar do menu.

Para mais informações, entre em contacto connosco.




segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Em direcção ao Chile II

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Santiago do Chile, Janeiro de 2010. Uma data que marca a final do concurso internacional WACS Global Chefs Challenge. Mais ainda, a data do Congresso Mundial de Chefes e, ainda, da realização do concurso que elegerá o melhor Júnior Chefe a nível mundial.


Portugal estará também à procura do título de melhor Júnior Chefe do mundo, com Jorge Fernandes. Treinado pelo Chefe António Bóia, Jorge Fernandes repete a participação no concurso, depois de ter conseguido um terceiro lugar a nível mundial em 2008, no Dubai. Uma preparação detalhada à procura de uma vitória. Num concurso marcado pela medalha de ouro do jovem Chefe português, João Simões, em 2006, na Nova Zelândia.

JORGE FERNANDES

Ainda que jovem cozinheiro, a experiência de Jorge Fernandes conta já com a passagem por competições internacionais, como as Olimpíadas de Culinária. Uma experiência que para qualquer cozinheiro conta como um avanço na sua formação. Assim como o ambiente de competição que lhes transmite uma preparação diferente. Dá-lhes a capacidade de lidar com a pressão e a exigência e rigor de um júri internacional. Jorge Fernandes trabalha no Rio’s Restaurante em Oeiras, com o Chefe António Bóia, que o tem treinado.

A maior dificuldade que Jorge Fernandes encontra na prova é ser cesto surpresa. “Não dá para treinar efectivamente o que se vai apresentar na prova, apenas posso treinar as bases e técnicas de cozinha em que se possam aplicar diferentes produtos”, explica. Para além da incerteza quanto aos produtos que terá para preparar, há ainda a curta duração da prova. “São 3h30m nas quais temos de preparar 24 pratos – 8 entradas, 8 pratos principais e 8 sobremesas”, descreve Jorge, lembrando no entanto que todos os concorrentes “estão em igualdade”. “É isso que torna a prova tão interessante”.

Participar num concurso como jovem Chefe, representando Portugal, é uma enorme responsabilidade. “Mas é ao mesmo tempo um grande motivo de orgulho”, conta. “O que também é motivo de orgulho é as Equipas Olímpicas de Cozinha trazerem medalhas para Portugal, apesar de infelizmente não sermos reconhecidos pelo Estado”. A dedicação e esforço tentam no entanto ultrapassar qualquer falta de apoio. “Talvez um dia com mais apoios consigamos estar com os melhores”, afirma Jorge Gonçalves.


A preparação de Jorge Fernandes vista pelo Chefe António Bóia

O Jorge tem vindo a treinar desde Junho, e visto que o concurso é com base num cesto surpresa, é necessário que treine várias técnicas, com vários produtos, pois não sabemos o que irá aparecer. Uma das maiores dificuldades é essa: é-nos dada uma lista de ingredientes no início da prova e temos 30 minutos para elaborar o menu e escrever as receitas. O Jorge concorreu no ano passado, no Dubai, tendo ficado em terceiro lugar, e por isso já conhece o concurso. Não é entanto por essa razão que será mais fácil, pois o júri quererá ver uma evolução. É importante que o Jorge esteja confiante, sereno, tranquilo e motivado. E também é preciso uma pontinha de sorte. Estes concursos são muito difíceis, ainda mais para jovens. A carga emocional é muito grande, é muito diferente de participar num concurso com receitas treinadas.
António Bóia

Em direcção ao Chile I

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Santiago do Chile, Janeiro de 2010. Uma data que marca a final do concurso internacional WACS Global Chefs Challenge. Mais ainda, a data do Congresso Mundial de Chefes e, ainda, da realização do concurso que elegerá o melhor Júnior Chefe a nível mundial.


Carlos Gonçalves, membro da Equipa Sénior, estará em Santiago do Chile a representar a Europa do Sul. A vitória na semi-final da Europa do Sul e Mediterrâneo, que trouxe a Lisboa vários países sul-europeus, encaminhou o Chefe e o ajudante, Celso Padeiro, para a final com uma pontuação de 96.65 em 100, a mais elevada de todas as semi-finais.

CARLOS GONÇALVES

Aos 26 anos, Carlos Gonçalves é sub-chefe no Hotel Grande Real Villa Itália, em Cascais, onde também trabalha com Celso Padeiro. Carlos faz parte das Equipas Olímpicas desde 2003. Disciplina e compromisso são duas características que têm conduzido o seu trabalho. Uma enorme dedicação, concentração e profissionalismo.

É treinado pelo Chefe Paulo Pinto, com quem trabalha diariamente. Sobre a semi-final Europa do Sul e Mediterrâneo, Carlos Gonçalves relembra a importância que tinha para si a ideia dessa vitória, impossível sem a ajuda do jovem cozinheiro Celso Padeiro. “Impus-me a mim mesmo a obrigação de vencer, pois nunca antes Portugal tinha sido palco de um concurso internacional”, afirmou Carlos. Mas a responsabilidade de agora representar o país num concurso mundial, apoiado pela WACS (World Association of Chefs Societies), é maior.

A maior dificuldade que Carlos Gonçalves encontra na prova é “conseguir elaborar um menu vencedor, reunir o melhor sabor e técnica. E depois, é claro, executá-lo de forma exemplar”. Até serem anunciados pela organização do concurso quais os ingredientes obrigatórios, a sua preparação é feita diariamente de forma natural, “cozinhando todos os dias”. “Quando souber os ingredientes, prepararei várias combinações de sabores e técnicas e praticarei até conseguir fazer o menu no menor tempo possível”, descreve.


A preparação de Carlos Gonçalves vista pelo Chefe Paulo Pinto

A preparação do Carlos começa com dois meses de antecedência. Os treinos são repetidos várias vezes até atingir perfeição, harmonia de sabores, cores, texturas e técnicas. É muito importante treinar várias vezes, porque o tempo é curto e não pode haver falhas. O menu será criado consoante os produtos indicados e comuns a todos os concorrentes.
Responsabilidade acrescida e pressão para não falhar caracterizam os momentos actuais. Até porque se já era difícil na semi-final com países da Europa do Sul, esperam-nos agora seis finalistas mundiais com currículos impressionantes, tanto a nível profissional, como de competições nacionais e internacionais. Vamos com o objectivo de fazer o mesmo que fizemos na semi-final, respeitando os concorrentes e sabendo que as hipóteses são comuns a todos.
Paulo Pinto