segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Em direcção ao Chile I

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Santiago do Chile, Janeiro de 2010. Uma data que marca a final do concurso internacional WACS Global Chefs Challenge. Mais ainda, a data do Congresso Mundial de Chefes e, ainda, da realização do concurso que elegerá o melhor Júnior Chefe a nível mundial.


Carlos Gonçalves, membro da Equipa Sénior, estará em Santiago do Chile a representar a Europa do Sul. A vitória na semi-final da Europa do Sul e Mediterrâneo, que trouxe a Lisboa vários países sul-europeus, encaminhou o Chefe e o ajudante, Celso Padeiro, para a final com uma pontuação de 96.65 em 100, a mais elevada de todas as semi-finais.

CARLOS GONÇALVES

Aos 26 anos, Carlos Gonçalves é sub-chefe no Hotel Grande Real Villa Itália, em Cascais, onde também trabalha com Celso Padeiro. Carlos faz parte das Equipas Olímpicas desde 2003. Disciplina e compromisso são duas características que têm conduzido o seu trabalho. Uma enorme dedicação, concentração e profissionalismo.

É treinado pelo Chefe Paulo Pinto, com quem trabalha diariamente. Sobre a semi-final Europa do Sul e Mediterrâneo, Carlos Gonçalves relembra a importância que tinha para si a ideia dessa vitória, impossível sem a ajuda do jovem cozinheiro Celso Padeiro. “Impus-me a mim mesmo a obrigação de vencer, pois nunca antes Portugal tinha sido palco de um concurso internacional”, afirmou Carlos. Mas a responsabilidade de agora representar o país num concurso mundial, apoiado pela WACS (World Association of Chefs Societies), é maior.

A maior dificuldade que Carlos Gonçalves encontra na prova é “conseguir elaborar um menu vencedor, reunir o melhor sabor e técnica. E depois, é claro, executá-lo de forma exemplar”. Até serem anunciados pela organização do concurso quais os ingredientes obrigatórios, a sua preparação é feita diariamente de forma natural, “cozinhando todos os dias”. “Quando souber os ingredientes, prepararei várias combinações de sabores e técnicas e praticarei até conseguir fazer o menu no menor tempo possível”, descreve.


A preparação de Carlos Gonçalves vista pelo Chefe Paulo Pinto

A preparação do Carlos começa com dois meses de antecedência. Os treinos são repetidos várias vezes até atingir perfeição, harmonia de sabores, cores, texturas e técnicas. É muito importante treinar várias vezes, porque o tempo é curto e não pode haver falhas. O menu será criado consoante os produtos indicados e comuns a todos os concorrentes.
Responsabilidade acrescida e pressão para não falhar caracterizam os momentos actuais. Até porque se já era difícil na semi-final com países da Europa do Sul, esperam-nos agora seis finalistas mundiais com currículos impressionantes, tanto a nível profissional, como de competições nacionais e internacionais. Vamos com o objectivo de fazer o mesmo que fizemos na semi-final, respeitando os concorrentes e sabendo que as hipóteses são comuns a todos.
Paulo Pinto


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