.Santiago do Chile, Janeiro de 2010. Uma data que marca a final do concurso internacional WACS Global Chefs Challenge. Mais ainda, a data do Congresso Mundial de Chefes e, ainda, da realização do concurso que elegerá o melhor Júnior Chefe a nível mundial.

Carlos Gonçalves, membro da Equipa Sénior, estará em Santiago do Chile a representar a Europa do Sul. A vitória na semi-final da Europa do Sul e Mediterrâneo, que trouxe a Lisboa vários países sul-europeus, encaminhou o Chefe e o ajudante, Celso Padeiro, para a final com uma pontuação de 96.65 em 100, a mais elevada de todas as semi-finais.
CARLOS GONÇALVES
Aos 26 anos, Carlos Gonçalves é sub-chefe no Hotel Grande Real Villa Itália, em Cascais, onde também trabalha com Celso Padeiro. Carlos faz parte das Equipas Olímpicas desde 2003. Disciplina e compromisso são duas características que têm conduzido o seu trabalho. Uma enorme dedicação, concentração e profissionalismo.
É treinado pelo Chefe Paulo Pinto, com quem trabalha diariamente. Sobre a semi-final Europa do Sul e Mediterrâneo, Carlos Gonçalves relembra a importância que tinha para si a ideia dessa vitória, impossível sem a ajuda do jovem cozinheiro Celso Padeiro. “Impus-me a mim mesmo a obrigação de vencer, pois nunca antes Portugal tinha sido palco de um concurso internacional”, afirmou Carlos. Mas a responsabilidade de agora representar o país num concurso mundial, apoiado pela WACS (World Association of Chefs Societies), é maior.
A maior dificuldade que Carlos Gonçalves encontra na prova é “conseguir elaborar um menu vencedor, reunir o melhor sabor e técnica. E depois, é claro, executá-lo de forma exemplar”. Até serem anunciados pela organização do concurso quais os ingredientes obrigatórios, a sua preparação é feita diariamente de forma natural, “cozinhando todos os dias”. “Quando souber os ingredientes, prepararei várias combinações de sabores e técnicas e praticarei até conseguir fazer o menu no menor tempo possível”, descreve.
A preparação de Carlos Gonçalves vista pelo Chefe Paulo PintoA preparação do Carlos começa com dois meses de antecedência. Os treinos são repetidos várias vezes até atingir perfeição, harmonia de sabores, cores, texturas e técnicas. É muito importante treinar várias vezes, porque o tempo é curto e não pode haver falhas. O menu será criado consoante os produtos indicados e comuns a todos os concorrentes. Responsabilidade acrescida e pressão para não falhar caracterizam os momentos actuais. Até porque se já era difícil na semi-final com países da Europa do Sul, esperam-nos agora seis finalistas mundiais com currículos impressionantes, tanto a nível profissional, como de competições nacionais e internacionais. Vamos com o objectivo de fazer o mesmo que fizemos na semi-final, respeitando os concorrentes e sabendo que as hipóteses são comuns a todos.Paulo Pinto